27 de mai. de 2012
PRF divulga o Mapeamento dos Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
Autor: ASCOM/PRF
Data de Inserção: 18/05/2012
AQUI, O LINK PARA ACESSAR O MAPEAMENTO
Proteger nossas crianças e adolescentes e garantir que eles tenham um desenvolvimento pleno e saudável é dever de todos nós, sociedade civil, setor privado e público. A violência sexual é uma das mais graves violações de direitos e pressupõe o abuso do poder onde crianças e adolescentes são usados para gratificação sexual de adultos, sendo induzidos ou forçados a práticas sexuais. Esse tipo de violência interfere diretamente no desenvolvimento da sexualidade saudável e nas dimensões psicossociais da criança e do adolescente, causando danos muitas vezes irreversíveis.
O abuso e a exploração sexual estão enquadrados nesse conceito. A exploração sexual
pressupõe uma relação de mercantilização, em que o sexo é fruto de uma troca, seja de
favores ou presentes.
A exploração sexual é um fenômeno multicausal, complexo, e ocorre em vários contextos
e cenários, vinculado a redes de prostituição, pornografia, redes de tráfico, turismo,
grandes obras de infraestrutura, nas tecnologias de informação e comunicação e também
nas rodovias brasileiras.
A subnotificação dos casos de exploração sexual, a falta de sistemas integrados que
armazenem e analisem as informações e dados e o despreparo da sociedade civil para
encaminhar e tratar casos dessa natureza compõem um cenário de sombras e incertezas.
Esse cenário esconde casos de crianças e adolescentes que não recebem nenhum tipo
de atendimento ou recebem atendimento inadequado, provocando até revitimização.
De maio de 2003 a março de 2011, 156 mil denúncias foram registradas pelo Disque
Denúncia Nacional (Disque 100) 32% são de violência sexual contra crianças e
adolescentes em todo o país.
A complexidade desse fenômeno requer ações de enfrentamento igualmente complexas
e capazes de envolver os mais diferentes atores da sociedade. As ações precisam ir além
da redução da pobreza, acesso à saúde, educação, lazer ou mesmo do asseguramento
do convívio sociofamiliar.
Precisamos, sobretudo, criar dados e indicadores, monitorá-los e, com base neles,
desenvolver estratégias intersetoriais de prevenção e enfrentamento.
É esse o objetivo da cultura de mapeamento dos pontos vulneráveis à exploração
sexual nas rodovias brasileiras. Este novo mapeamento repete os critérios qualificados
do mapeamento anterior e consagra a sólida parceria multissetorial, na sua execução,
entre a Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República, Organização Internacional do Trabalho, Childhood Brasil e o setor privado.
Esperamos que os dados sejam úteis para o desenvolvimento de estratégias eficazes de
prevenção e enfrentamento e que juntos possamos continuar empreendendo esforços
para mudar esse cenário.
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