A mais
antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a
entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.
O
próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a
dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse
dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era
chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering
cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.
Nos
Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a
celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora
de "O Hino de Batalha da República".
Mas foi
outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a
campanha para instituir o Dia das Mães. Em 1905 Ana, filha de pastores,
perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele
sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe
com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou
mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem
suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos
pais.
Durante
três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A
primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando
o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia
das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente,
outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.
Finalmente,
em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921),
unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional
das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão
foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a
data.
"Não
criei o dia das mães para ter lucro"
O sonho
foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste
para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse
uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam
cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as
mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Nesta mesmo
ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.
Anna
passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a
importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro
para levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem
freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é
diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos.
Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas
nunca chegou a ser mãe.
Cravos:
símbolo da maternidade
Durante
a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por
ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela
declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia,
deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava
pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou
mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos
passaram, posteriormente, a ser comercializados.
No
Brasil
O
primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de
Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente
Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom
Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que
essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.
Texto compilado das seguintes fontes
-
Pesquisa de Daniela Bertocchi Seawright para o site Terra,
http://www.terra.com.br/diadasmaes/odia.htm
Fontes / Imagens:
· Norman F. Kendall, Mothers Day, A History of its Founding and its Founder,
1937.
· Main Street Mom
· West Virginia Oficial Site
- O
Guia dos Curiosos - Marcelo Duarte. Cia da Letras, S.P., 1995.
- Revista Vtrine - artigo - Abril, S.P., 1999
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